“Num mundo saturado de conteúdo, alguma coisa é suficiente? O luxo é, por definição, uma espécie de escassez, algo que não está infinitamente disponível. O que parece ser verdadeiramente raro e finito neste momento é, na verdade, a própria criatividade”, disse Demna por mensagem de voz enviada junto ao convite da Balenciaga, mostrando que acredita piamente que sua criatividade é maior o luxo que pode oferecer ao mundo.
Objetos garimpados por ele no eBay, escolhidos um a um para cada convidado, já davam a dica que a coleção brincaria com memórias colecionadas do passado. Na passarela, que contou com a brasileira Isabeli Fontana, ele misturou referências ao legado do fundador Cristóbal Balenciaga, lembranças de seus próprios quase dez anos à frente da marca e looks formados por vários itens de roupa reagrupados (como se fossem seus garimpos), caso do vestido recoberto por sutiãs, da mochila transformada em top e dos hoodies combinados para formarem outro vestido – exibidos em cenário formado por telas do teto ao chão, que projetavam paisagens naturais e artificias.