Modelos criadas por IA são vendidas 

Além da lalaLand.io, citada ali em cima, uma agência holandesa chamada Deep Agency oferece a versão beta de um catálogo de modelos digitais gerados no DALL-E 2. “Contrate modelos virtuais e crie um gêmeo virtual com um avatar que se pareça com você”, anuncia em seu site.   

O serviço funciona por meio de uma assinatura mensal de USD 29, mas, assim como o preço, a qualidade em geral é baixa. A turma do site Motherboard, por exemplo, testou a novidade e relatou falhas como tom de pele diferente do inserido no prompt. 

No nosso papo, Igor Borges revelou que no momento estão sendo usadas apenas pessoas reais nas imagens de divulgação e catálogo da AirTificial. O designer também disse já ter experimentado a criação de modelos virtuais, porém, pelo menos via IA, o resultado não tem sido satisfatório.  

Segundo ele, a criação de avatares 3D de alta qualidade exige uma estrutura mais robusta tanto em termos de profissionais especializados no assunto quanto de investimento financeiro. 

Entretanto, a marca já conta com uma peça de roupa digital 3D e tem o interesse de incorporar a IA a outros processos, como inspiração para estamparia. “Pensamos futuramente em vender roupas virtuais também, não só para Instagram como também skins para game”, especificou. 

O futuro da moda e dos artistas 

Não tem como negar, nessa altura do campeonato, que a inteligência artificial veio para ficar em diversos processos profissionais (dentro e fora da moda). À medida que recebe mais investimento, a tendência é que esse recurso se torne mais acessível.  

E lembra-se do metaverso do Zuckerberg (que aparentemente ele deixou para trás)? Apesar de o boom das IAs generativas terem ofuscado essa tecnologia, isso não significa que seu mercado tenha deixado de existir. A grande potencialidade aqui está no ramo de games, que tem seu próprio nicho de moda virtual.